segunda-feira, 11 de março de 2013

Mil novecentos e tanto...

Tanta coisa me passou na cabeça no instante que me peguei cantando essa musica hoje a noite . Muitos iriam rir da minha cara só de imaginar eu cantando Chiquititas, mas quando achei o clip foi com um mar de lágrimas que fiquei aqui relembrando daquele tempo.
Eu deveria estar com 6 ou 7 anos, e lembro detalhadamente como se fosse ontem a difícil decisão entre escolher o "Melocotom" da Eliana ou o novo cd da "Chiquititas" como presente de aniversário. Meu pai sempre foi de fazer surpresas quando eu era criança, e não foi diferente naquele sábado do meu aniversário, quando acordei ao som das musicas do cd e com o Melocotom me esperando no sofá da sala.
Escrever tudo isso da vontade de gargalhar de tão idiota que posso estar sendo. Mas a saudade daquela inocência, daquelas manhas tranquilas de sábado e dos almoços de domingo na casa da minha nona com minhas primas me deixaram numa nostalgia enorme, porém boa.
Quando estudava a tarde, era de lei chegar da escola, jantar, fazer lição ( depois de alguns gritos da minha mãe) e assistir chiquititas. Brincar na rua durante a semana?! Nem pensar, e de sexta, dez da noite em casa, e sem choro nem mais meia horinha. Meu bico ficava do tamanho do mundo, principalmente quando via que meus amigos ainda estavam todos la na rua brincando.
Num passado não muito distante era pra onde eu queria ser teletransportado agora. "Num cantinho de luz,  meu castelo de nuvem, ninguem fica sozinho e não te dói nem um pouquinho." 

Fico triste em saber que eu fui a última geração que pode curtir as boas coisas da infância. Claro que hoje em dia uma criança se diverte muito mais do que uma dos anos 80 ou 90. Mas quase nenhuma vai sentir a liberdade que eu e todos da minha fase sentiamos ao brincar de esconde esconde ou pega pega, e computador era apenas para desenhar no paint brush ou jogar tetris.


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